domingo, 26 de fevereiro de 2012

Polícia nega exagero em ação no pré-carnaval de Curitiba


O responsável pelo 1° Comando Regional da Polícia Militar em Curitiba, coronel Ademar Cunha Sobrinho, afirmou nesta segunda-feira (6) que a ação da Polícia Militar (PM), após o desfile do bloco de carnaval Garibaldis e Sacis, no Largo da Ordem, no domingo (5), não foi exagerada e a denominou como uma operação padrão.

Segundo o coronel, para conter a multidão, e assim evitar maiores problemas, é necessário usar balas de borrachas e spray de pimenta.

De acordo com a polícia, o tumulto começou quando um grupo de pessoas, após avistar a viatura da Polícia Militar, começou a cantar um funk cuja letra fazia apologia ao uso da maconha. Em alguns instantes, acrescentou o coronel Sobrinho, havia um coro e algumas pessoas começaram a jogar pedras e garrafas no veículo oficial. Foi neste momento que o policial se  feriu. Os PM´s, então, decidiram pedir reforço para Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone).
Ainda de acordo com o coronel, havia outros pontos de desordem na região, como pessoas que consumiam nos restaurantes e saiam sem pagar. Mas o estopim para o tumulto foi o funk e o ataque à viatura.
Ao todo, cerca de sete mil pessoas participaram do pré-carnaval e 20 policiais foram convocados para fazer a segurança. Na avaliação do coronel, o número era suficiente. Entretanto, ele reconhece, que para o próximo fim de semana, o último do bloco Garibaldis e Sacis antes do Carnaval, cogita acionar mais policias. Além disso, a PM estuda outro local para receber pré-carnaval. De acordo com o coronel Sobrinho, o Largo da Ordem é um espaço com muita movimentação de pessoas. A opção seria a Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Centro da capital.
O jornalista Félix Calderado, de 29 anos, estava no pré-carnaval e foi atingido por um tiro de borracha nas costas. Nesta segunda-feira ele registrou um Boletim de Ocorrência (B.O), fez exame de corpo de delito e afirmou ao G1que vai apresentar uma queixa formal contra o comandante responsável pela operação de domingo.
“Logo que eu ouvi as primeira explosões achei que fosse tiro de verdade e me escondi atrás de um banheiro químico. Fiquei lá por uns 20 segundo pensando o que iria fazer e meu amigo falou para a gente correr. Quando sai, levei o tiro nas costas. Não vi a confusão começar e não vi policial. Achei que era tiro de verdade porque doe muito”, contou Calderado.

Além das quatro pessoas que foram encaminhadas para o hospital, entre elas um policial, a PM não soube precisar quantas pessoas ficaram feridas. Ninguém foi preso e a informação é de que será aberta uma sindicância para averiguar se houve exagero por parte da polícia. Os guardas municipais que estavam no Largo da Ordem serão chamados para depor.

Link completo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário